domingo, 11 de abril de 2010

Deus é Bom


"Respondeu-lhe Jesus: Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um só, que é Deus." (Marcos, 10: 18).

Desde a criação, Deus tem demonstrado a Sua bondade e Seu amor pela raça humana.

Muitos afirmam que o Deus do Antigo Testamento era um e o do Novo Testamento outro. Porém, é importante ressaltar que essa divisão da Bíblia é meramente didática (a Bíblia é um livro único e integral, uma parte não faz sentido sem a outra), ou seja, os livros escritos antes da vinda de Jesus Cristo e os livros e cartas escritos após a Sua vinda (para maiores detalhes acesse: http://gilbertotheiss.blogspot.com/2007/03/segundo-as-escrituras-o-que-velho-e.html).

Segundo a Bíblia, Deus não muda e jamais mudará: "Eu, o Senhor, não mudo." (Malaquias, 3: 6); "Toda boa dádiva e todo dom perfeito é lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação." (Tiago, 1: 17); "Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente." (Hebreus, 13: 8). Portanto, podemos concluir que o Deus apresentado nos livros do Antigo Testamento é o mesmo Deus apresentado nos livros do Novo Testamento, sempre bondoso e disposto a ajudar os Seus filhos.
Em meio às leis, decretos e estatutos promulgados por Deus (notadamente no Antigo Testamento), que à nossa vista parecem por demais severos, Deus demonstrou, e ainda demonstra, o Seu amor e a Sua preocupação com a raça caída, "pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus." (Romanos, 3: 23) e "as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, pois suas misericórdias não têm fim." (Lamentações, 3: 22).

Vejamos algumas das demonstrações da bondade e do amor desse Criador e Pai maravilhoso:

* a própria criação - Deus utilizou seis dias para criar a terra e, somente no sexto dia, após providenciar todas as condições naturais (luz, campo, água e alimento) para sobrevivência, Ele criou o homem; não um ser autômato, mas com liberdade de escolha. O momento da criação é um dos momentos mais sublimes, no qual Deus revelou toda a Sua essência, todo o Seu amor ("Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor." I João, 4: 8);

* o casamento e o santo sábado - o casamento e o sábado foram as primeiras instituições criadas por Deus, ainda no jardim do Éden. "Disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só. Far-lhe-ei uma adjutora que lhe corresponda." (Gênesis, 2: 18). Deus não criou o homem para ser solitário, mas como um ser social. O casamento e a família são uma benção para todas as sociedades; é no seio da família que as crianças e jovens são educados e recebem os primeiros valores morais, éticos e sociais. Uma sociedade cujas famílias são ou estão desestruturadas, será também uma sociedade desestruturada, que não responderá aos anseios dos seus cidadãos;

"Havendo Deus acabado no sétimo dia a obra que fizera, descansou nesse dia de toda a obra que tinha feito. E abençoou Deus o sétimo dia, e o santificou, porque nele descansou de toda a obra de criação que fizera." (Gênesis, 2: 2 e 3). Deus, na sua sabedoria infinita, reservou, como uma dádiva, um dia para que o homem pudesse descansar das suas obras e das suas lutas cotidianas. Deus jamais se cansa, Ele o fez para nos dar o exemplo e para contemplar toda a Sua obra; "Viu Deus tudo o que tinha feito, e que era muito bom." (Gênesis, 1: 31). Quem guarda o sábado, observando-o como memorial da criação, é abençoado, é santificado e descansa nos braços de um Salvador bondoso e amorável;

* os Dez Mandamentos - nenhuma nação, nenhum estado ou cidade, nenhuma sociedade, sobrevive sem leis; e assim não é diferente para aqueles que pretendem ser cidadãos do reino celestial. Deus, a fim de preservar o homem e de regular a relação dele com Deus e com o próximo, promulgou a mais perfeita Lei que existe. Ao contrário do que a maioria dos cristãos pensa, os Dez Mandamentos não perderam a validade, pois se assim fosse, o homem estaria livre para matar, roubar, adulterar, entre outras atrocidades. Além disse, a Bíblia é clara ao falar que todos nós compareceremos ao tribunal divino (ver Romanos, 14: 10 e II Coríntios, 5: 10) e, se há um tribunal, se há um Juiz e se há um julgamento, parece-nos lógico que deve haver uma lei e Deus nos julgará baseado nessa Lei, qual seja, os Dez Mandamentos: "Pois qualquer que guardar toda a lei, mas tropeçar em só ponto, torna-se culpado de todos. Pois aquele que disse: Não adulterarás, também disse: não matarás. Ora, se não adulteras, mas matas, tornas-te transgressor da lei. Falai de tal maneira e de tal maneira procedei, como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade," (Tiago, 2: 10-12). O pai que ama os filhos, impõe regras e limites. A bondade de Deus revela-se também por intermédio da Sua Lei, uma lei de liberdade e de amor - "Em verdade vos digo que até que o céu e a terra passem, nem um jota ou til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido. (...) Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o primeiro e grande mandamento. O segundo, semelhante a este é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas." (Mateus, 5: 18 e 22: 37-40);

* preocupação com os pobres - "Quando fizeres a colheita da tua terra, não a segarás totalmente, nem colherás as espigas caídas da tua messe. Semelhantemente não rabiscarás a tua vinha, nem colherás os bagos caídos da tua vinha. Deixá-los-ás para o pobre o para o estrangeiro. Eu sou o Senhor vosso Deus. (Levítico, 19: 9 e 10). Deus não desampara Seus filhos mais necessitados e, conhecendo a natureza humana como Ele conhece, achou por bem determinar que uma parte da colheita fosse destinada aos desafortunados; foi por causa dessa ordem que Rute (bisavó do Rei Davi) e sua sogra Noemi não pereceram por causa da fome (ver Rute, 2: 1-7);

* "Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo, mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu Sou o Senhor. (Levítico, 19: 18). A frase em destaque ficou famosa nos lábios de Jesus Cristo. Os homens de sua época (conforme os homens de hoje) esqueceram-se desse mandamento que Deus nos deu há milhares de anos e Jesus veio jogar nova luz sobre eles, lembrando sempre que, como Deus, devemos amar nossos semelhantes;

* preocupação com os estrangeiros - "Se o estrangeiro peregrinar na vossa terra, não o oprimireis. Como o natural entre vós será o estrangeiro que peregrina convosco. Amá-lo-eis como a vós mesmos, pois fostes estrangeiros na terra do Egito. Eu sou o Senhor vosso Deus. (Levítico 19: 33 e 34). Deus é mesmo um pai maravilhoso e bondoso. Sabemos, pela história da humanidade, quantas guerras tiveram motivações xenofóbicas, ou seja, o preconceito contra o estrangeiro e contra o imigrante. Mas Deus não vê como o homem vê; Ele nos pede que amemos aos estrangeiros que habitam em nossa terra e que deixemos para trás todo o tipo de preconceito e perseguições injustas. Devemos lembrar, ainda, que todos os que almejam a pátria celestial são peregrinos e estrangeiros nesse mundo;

* o ano sabático - Deus, na sua infinita bondade e sabedoria, determinou aos homens do passado que deixassem as suas terras descansarem a cada sete anos, para que ela não se tornasse estéril (ver Levítico, 25: 1-7). Na história, não foi tão recente a descoberta de que, se a terra não descansar ela se tornará estéril; Deus deu essa ordem ao povo de Israel há mais de 5.000 anos; serviriam de alimento somente aquilo que nascesse naturalmente nos campos e dos animais; "Se disserdes: Que comeremos no sétimo ano, visto que não havemos de semear, nem colher o nosso produto? Eu enviarei a minha benção sobre vós no sexto ano, para que dê fruto por três anos." (Levítico, 25: 20 e 21).

Poderíamos dar milhares de exemplos mais da bondade de Deus e ver que o Deus do Antigo Testamento é tão bom como o Deus do Novo Testamento, afinal de contas são o mesmo. Porém, esses exemplos são apenas uma pálida visão da verdadeira bondade de Deus e do Seu amor, manifestadas, verdadeiramente, na figura e sacrifício do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

No passado, Deus institui o ritual do Santuário, que pré-figurava o sacrifício do Seu amado Filho e representava todo o plano da redenção do homem. Porém, conforme diz o apóstolo Paulo, "Estas são sombras das coisas futuras; a realidade, porém, encontra-se em Cristo." (Colossenses, 2: 17).
Portanto, a essência da bondade e do amor de Deus revelam-se na cruz do Calvário, onde Jesus verteu o Seu sangue para nos garantir o perdão dos nossos pecados, a salvação e a vida eterna.

"Dificilmente morrerá alguém por um justo, embora alguém possa se animar a morrer pelo bom. Mas Deus prova o Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores." (Romanos, 5: 7 e 8).

Demos glórias e aleluias por tão grande amor do nosso Deus e Salvador Cristo Jesus. Amém!

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