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terça-feira, 1 de janeiro de 2013

A Perfeição Criadora de Deus

"Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o se eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis." (Romanos, 1: 20).

É comum, ao findar de um ano e iniciar-se outro, fazermos planos, projetos, propor mudanças de hábitos, entre outras coisas. Tudo natural e até mesmo saudável. Renovam-se, naturalmente, as esperanças de dias mas tranquilos, com menos lutas e mais paz. As expectativas e esperanças, também naturalmente, se renovam. Mas sabemos que as mudanças não ocorrem da "noite para o dia" e que o fato de um ano terminar e outro começar não nos transforma automaticamente, num passe de mágica. 

Para o cristão, a força propulsora da mudança é Deus. Sabemos que o homem, por si só, não é capaz de implementar mudanças em sua vida. Logicamente, a vontade tem que existir, afinal Deus não nos obriga a nada, mas aceita o nosso propósito de mudar de vida e se alegra com isso. 

Estou dizendo isso porque, afinal de contas, eu também tenho planos e projetos para o novo ano; tenho intenção de mudar e melhorar aspectos da minha vida que não me agradaram e que sinto que me prejudicaram no ano de 2012. Conto com Deus para alcançar meus objetivos, minhas metas e consolidar as mudanças tão desejadas - e entre essas mudanças está a intenção de retomar a caminhada ao lado de Cristo e, consequentemente, as publicações nesse blog.

Muito se falou na possibilidade do mundo acabar no ano de 2012; tal assunto suscitou debates e discursos acerca de temas "apocalípticos". Graças a Deus o mundo não acabou e a cada dia temos uma nova chance de lutar por aquilo que queremos; a cada dia temos a chance de amar e ser amado pelas pessoas que nos rodeiam. Porém, chama a atenção como as pessoas se deixam mobilizar por temas e questões sensacionalistas como essa teoria do fim do mundo em 2012, mas não se deixam "prender" pelos temas e histórias maravilhosas dispostas na Bíblia. Muitos acreditaram em uma pretensa profecia dos índios maias, mas acham difícil crer nos relatos bíblicos - o que dizer, então, do relato da criação? Muitos vão afirmar se tratar de fábulas, algo que somente os ignorantes conseguem crer. Logicamente, não estou afirmando que todos acreditaram que o mundo acabaria em 2012, da mesma forma, muitíssimos se recusam a crer que Deus é o criador de tudo e, ao final, será o mesmo a restaurar tudo à sua forma original. 

Deus, esse poderoso ser, sobrenatural, invisível, creio firmemente, está sempre ao meu lado e ao seu também - basta deixarmos um pouco a arrogância de lado e de acharmos que sozinhos somos capazes de tudo, para "enxergarmos" Sua presença. É reconfortante saber que esse mesmo ser, todo-poderoso, é o mesmo que nos criou, é o mesmo que nos trouxe à vida e que formou, com tamanha perfeição, um planeta no qual pudéssemos habitar. Deus, não está num pedestal inalcançável; ao contrário, Ele se move de amor por cada uma das suas criaturas e vem estar conosco cada segundo da nossa vida. 

A primeira necessidade que temos, para aceitar que Deus criou o mundo e que o universo não surgiu do nada, de uma explosão cósmica ou algo que o valha, é a humildade. Por meio do profeta Isaías, Deus nos diz: "Não fez a minha mão todas essas coisas, e assim vieram a existir? diz o Senhor. É para este que olharei: para o humilde e contrito de espírito, e que treme da minha palavra." (Isaías, 66: 2). Que maravilha é saber que um ser tão poderoso, capaz de criar o universo somente pelo poder de Sua palavra, se aproxima daquele que é humilde, isso porque Ele também é humilde - humilde ao ponto de se fazer humano e morrer para salvar o homem.

Como disse o apóstolo Paulo, não temos desculpas para não crer em Deus e no Seu poder criador diante das maravilhas da natureza, diante das belezas e perfeições que nos cercam. Basta raciocinarmos um pouquinho: se o universo é infinito, com bilhões e bilhões de galáxias, planetas, estrelas e outros astros, quantas coincidências seriam necessárias para que um ínfimo planeta estivesse na distância milimetricamente correta da gigantesca (e quente) estrela em torno da qual orbita, para que pudesse subsitir vida? Se o planeta terra estive "um centímetro" mais próximo do sol ou "um centímetro" mais afastado, isso seria suficiente para que a vida no planeta fosse inviável. Outras tantas condições são necessárias para que possa haver vida na terra: a influência da lua, os movimentos de rotação e translação, etc. 

Porém, uma das características que mais me chama atenção tem haver com a inclinação e posição da Terra em relação ao Sol. A inclinação da Terra e sua posição em relação ao sol fazem com que o hemisfério sul receba mais radiação solar que o norte; mas, para que haja um equilíbrio da temperatura e condições ideais para a vida no nosso planeta, Deus fez o hemisfério sul com mais água do que no hemisfério norte, o que "refresca" a temperatura do planeta e cria as condições ideais para o desenvolvimento da vida - se, ao contrário, o hemisfério sul tivesse mais terra que o hemisfério norte, isso bastaria para inviabilizar a vida na Terra; a água tem uma função reguladora da temperatura no planeta. Seria no mínimo muito estranho que tudo isso tivesse ocorrido de maneira aleatória e ao acaso! Tudo isso nos mostra que é mais fácil crer que "alguém" projetou nosso planeta e também o universo do que crer que tudo surgiu ao acaso! É perfeição demais. 

Não haveria espaço aqui e nem o autor possui conhecimento científico suficiente para dissertar mais sobre os detalhes da vida no planeta e as condições necessárias para tal nos seus pormenores. Por exemplo, o que dizer da menor partícula existente que compõem todas as matérias existentes: o átomo. "... os átomos devem  ser estáveis o suficiente para que sejam criados objetos materiais estáveis. a estabilidade dos átomos depende das forças que mantém juntas as suas partes. Os átomos contêm partículas carregadas que se atraem e se repelem. As forças de atração e repulsão devem ser cuidadosamente equilibradas."¹ Caso alguma dessas forças fossem maior ou menor, muitos dos elementos que hoje encontramos no atmosfera e que possibilita aos seres vivos respirar não existiria; oxigênio, hidrogênio, gás carbônico, carbono, tudo essencial para a vida, não existiriam. 

Portanto, mais uma vez faço minhas as palavra de Paulo: "Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o se eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis." (Romanos, 1: 20)Que desculpas, científicas ou não, apresentaremos para refutar a ideia de que Deus criou o universo, diante das maravilhas com as quais nos deparamos cotidianamente? Se você ainda não crê, olhe-se no espelho, veja todo o seu corpo, pense nos seus órgãos, nas funções desempenhadas por cada um deles e que se um falhar a vida também falha. Não há como não ter um projetista por trás de máquina tão perfeita. Assim é com o nosso corpo, assim é com o planeta, assim é com o universo.

"Oh, vinde, adoremos e prostremo-nos, ajoelhemo-nos diante do Senhor que nos criou; pois Ele é o nosso Deus, e nós povo o seu pasto e ovelhas da sua mão. Se hoje ouvirdes a sua voz, não endureceis os vossos corações..." (Salmos, 95: 6 - 8).

1 - Lição da Escola Sabatina, Origens, p. 5, 1º Trimestre de 2013.



terça-feira, 7 de junho de 2011

Divórcio: Festa ou Luto?

"E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne." (Gênesis, 2: 23 e 24).

Tenho a firme fé e crença de que Deus criou o mundo em seis dias e descansou no sétimo dia. Por mais que queiram tentar provar o contrário - o que também se tornará, inevitavelmente, um exercício de fé - tenho a certeza de que Deus, onipotente como é, fez esse mundo pelo poder de Sua palavra e gastou míseros seis dias e, portanto, creio que a linguagem do livro do Gênesis é literal e não simbólica como muitos, inclusive pretensos teólogos, querem fazer acreditar.

Dentre as maravilhas da criação de Deus, reveladas na natureza e no ser humano, podemos destacar duas instituições criadas por Ele para abençoar o ser humano: o sábado (shabat / descanso semanal) e o matrimônio ou casamento.

Acerca do sábado já falamos muito nesse blog (e falaremos mais ainda!), cumpre-nos, agora, falar um pouco acerca do casamento e do que Deus por meio dessa instituição faz para abençoar o ser humno - ainda mais agora que chega em terras brasileiras uma moda que já pegou na América do Norte: a festa de divórcio.

Deus criou o homem com o intuito de ver nele refletida Sua imagem - "Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança;" (Gênesis, 1: 26) -  e, ao refletirmos a imagem do Criador, poder adorá-lo plenamente e ter comnhão completa com Ele. Porém, algo intrometou nos planos de Deus: o pecado. A partir de então já não éramos e não somos a perfeita imagem dEle. O pecado alterou não só a natureza ao nosso redor, mas principalmente, alterou a natureza humana.

Mas Deus continua preocupado com o bem estar de Suas criaturas e esse bem estar envolve diversos aspectos que Ele não deixou passar em branco. Vejamos alguns:

1. saúde física: o sábado foi o primeiro sinal dessa preocupação - Deus nos concedeu esse presente para que possamos, semanalmente, parar e recuperar nossas energias; além disso, Ele também se preocupou com a nossa alimentação: "E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento." (Gênesis, 1: 29).

2. saúde espiritual: o pecado trouxe degenaração não só física ao ser humano, mas e, principalmente, degeneração espiritual. O pecado separou o homem da comunhão plena de Deus ("Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça." Isaías, 59: 2), mas Ele proveu uma saída para isso também: Jesus Cristo. Por meio de Seu Filho, foi restabelecida a comunhão com o Pai: "Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação." (II Coríntios, 5: 18 e 19). Assim, por meio de Jesus temos paz com Deus e plena saúde espiritual.

3. Saúde emocional: quando Deus cria o homem e afirma que ele não deveria viver só e, assim, cria também uma companheira, igual a ele, o Pai está mostrando a preocupação com a saúde emocional dos seres humanos, afinal, pouquíssimas pessoas conseguem, efetivamente, serem felizes estando na solidão.

Nesse sentido, Deus institui o matrimônio e assim o torna tão sagrado como qualquer outra coisa criada ou por Ele instituida. Não é de se admirar portanto, que o inimigo de Deus seja também inimigo de Suas criaturas e de Suas instituições. Vemos, já há muito, o sábado sendo pisado e, na moderniade, o casamento também sendo desconsiderado e até mesmo menosprezado.

Infelizmente, cada dia que passa, mais "novidades" surgem no cotidiano humano, a última é essa que citamos acima: pessoas festejando o fato de estarem divorciadas. Mas fica a pergunta: será mesmo motivo de festa a separação de pessoas que um dia pretenderam passar a vida toda juntas? E os sonhos e planos feitos? E os filhos, caso os tenham, será que também irão comemorar o fato de seus pais estarem se separando?

Em uma conversa com os fariseus, Jesus, ao ser perguntado se era lícito ao homem dar carta de divórcio a uma mulher, sem meias palavras, foi taxativo: "Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carneDe modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem." (Mateus, 19: 4-6).

Ainda, a maioria dos casais exige uma cerimônia religiosa, além das obrigações civis; mas é fato também que a maioria dessas cerimônias são realizadas muito mais com o intuito de cumprir uma "obrigação" social do que, efetivamente, receber as bençãos de Deus. Mas, uma vez que a cerimônia foi realizada por um sacerdote (seja padre, pastor ou algo que o valha), cremos que Deus ali colocou a sua benção e, assim, os dois se tornam uma só carne. Veja o parecer do apóstolo Paulo: "Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama. Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja;" (Efésios, 5: 28 e 29). Como posso eu odiar aquela a quem Deus me uniu? Como posso festejar a separação daquela que gerou, em seu ventre, os filhos que Deus nos deu como presente? Como posso festejar o fim de um sonho, o fim de um projeto de vida? Como posso festejar o que, para o outro, pode significar profunda dor e profunda mágoa?

Vivemos em tempos em que os sentimentos, as insitituições e a fé são banalizadas. Não nos importa mais o que o outro sente, importa o que eu estou sentindo. Vivemos um tempo em que a noção de liberdade se torna cada vez mais equivocada. Em nome dessa pretensa liberdade eu me sinto no direito de destruir, literalmente, a vida de outras pessoas. Sabemos as consequências desatrosas que a separação dos pais causam na vida de crianças e adolescentes ainda em formação.

O que mais assusta é a naturalidade com que coisas assim são tratadas pelas pessoas envolvidas e pela mídia em geral. Tudo é engraçado e motivo de risos e piadas. No inicio gera-se um estranhamento, mas depois..... tudo muito natural.

Você que está lendo esse artigo, pode pensar: "que pessoa mais conservadora, quadrada, careta!" Talvez. Mas eu sei no que creio. Sei que existe um Deus zeloso, pelo ser humano e pelos Seus mandamentos. Se ser cristão é ser conservador, se ser fiel ao casamento é ser conservador, se prezar pela felicidade do outro é ser conservador, então, sou conservador com todas as letras e que Deus possa preservar na minha vida e na sua o dom de amar o outro, com os defeitos que ele, assim como você e eu, tem.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O que Deus está esperando de nós?

Na última terça-feira (dia 03/05), assistindo ao jornal regional que passa por volta das 12:15 h., deparei-me com uma notícia que me chamou bastante a atenção, a realização de um show gospel a ocorrer dia 07/05 na cidade onde resido, Belo Horizonte. Não posso negar que, ao ver aquela reportagem, fiquei chocado e profudnamente triste. Mas você pode estar se perguntando, porque triste? Um show evangélico não tem nada demais. Porém, como se dizia nos anos 80, é aí que mora o perigo. A grande maioria dos cristãos vive hoje como se não houvesse perigo em nada nesse mundo; uma vez que aceitei Jesus, não bebo e não fumo, tudo bem, o resto está "liberado". E a Bíblia e a história nos mostram que não é bem assim. 

Vejamos o que mais me chamou a atenção e mais me chocou e entristeceu na citada reportagem, logicamente, à luz das Escrituras Sagradas. 
1. O nome do evento: POP GOSPEL BRASIL. Vejamos o que significa a palarva "gospel": é uma palavra em inglês (EUA) para designar "Evangelho" ou "Boas Novas"; "POP": para nós parece lógico que refere-se a algo popular; no contexto cultural de exposições, shows e eventos, liga-se à uma cultura pop (pop art, como era designada na década de 70), cultura essa completamente desvinculada dos aspectos religiosos e totalmente secular. 

Tudo bem, posso concordar que nós, cristãos, queremos tornar o mais popular possível o conhecimento acerca de Jesus e Suas boas novas de salvação. Porém, uma coisa é tornar algo conhecido, outra é torná-la pop, nesse caso, fazer com que algo sacro e religioso tenha roupagens seculares com a justificativa que sirva para agradar jovens não cristãos e atraí-los para o nosso "lado" - lembremos que Jesus não se fez popular, muito menos pop; também não falou ou fez algo para agradar outros e assim se aproximar deles. Jesus falava a verdade, pregava a verdade e, principalmente, vivia pela verdade, mesmo desagradando até mesmo os mais poderosos. Aquele que se aproxima de Cristo, tem que se aproximar pela fé e pelo amor às Suas verdades, não sendo necessárias estratégias que misturem sagrado e profano nas mesmas coisas para atrair para Jesus quem quer que for ("A meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano e o farão discernir entre o imundo e o limpo" Ezequiel, 44: 23).

2. Quando ouço o título "POP GOSPEL BRASIL", logo me vem à mente a lembrança outros enventos: POP ROCK BRASIL e AXÉ BRASIL, eventos seculares, onde correm soltas a libertinagem, a glutonaria, a bebedeira e as drogas. Fico então me perguntando que necessidade é essa que o cristão de hoje tem de se parecer com o mundo? Veja o que a Bíblia diz: 

"Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente." (I Cor. 2: 12); 

"o qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai," (Gálatas, 1: 4);
"Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo." (Gálatas, 6: 14);

"A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo." (Tiago, 1: 27);

"Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus." (Tiago, 4: 4);

"Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo.Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente." (I João, 2: 15-17).

Diante desses versos da Bíblia Sagrada, será que precisamos dizer algo mais acerca dessa necessidade de muitos cristãos hoje imitar as coisas do mundo? Deus aceita rock pra Jesus? Funk pra Jesus? Axé pra Jesus? Forró pra Jesus? Pop pra Jesus? Absolutamente, não, Ele não aceita, pois são coisas do mundo e se são do mundo não são espirituais e, conforme a própria Bíblia diz, não há comunhão entre a luz e as trevas (II Cor., 6: 14).

3. Muitos desses cristãos afirmam que são "livres" em Cristo Jesus e portanto que não há pecado em realizar e participar de eventos dessa natureza. Realmente, quando aceitamos a Jesus como nosso Senhor e Salvador, estamos livres, mas livres do pecado, já não mais somos escravos do pecado e já não mais vivemos pecando (é fato que somos todos pecadores e cometemos pecados, mas é bem diferente viver pecando, ou seja, pecando constantemente e persistentemente). 

Muitos afirmam, ainda, que não bebem, não fumam e que como aceitaram a Jesus podem, agora, agir da maneira que quiserem; isso é uma grande ilusão. Deus nos convida, a cada dia, a nos tornarmos uma nova criatura ("E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas." II Cor. 5: 17); a ser crucificado com Jesus e ressucitar em novidade de vida("Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida." Romanos, 6: 4). E eu pergunto: que novidade de vida é essa em que cristãos querem, cada vez mais se parecer com o mundo e "curtir" as coisas do mundo?

4. Vivemos tempos solenes e, infelizmente, as pessoas comuns e mesmos os cristãos na sua maioria andam desapercebidos. Vejam o que Jesus disse:

"Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do Homem: comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e destruiu a todos." (Lucas, 17: 26).

Cristo, aqui, não quer dizer que não devamos nos casar, trabalhar e cuidar da nossa vida, mas não devemos deixar as coisas espirituais em segundo plano. Ele prometeu voltar e nenhum de nós sabe o dia e a hora, por isso devemos estar atentos e vivendo santa e piamente ("Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna;" Romanos, 6: 22), orando e vigiando para que esse dia não venha sobre nós como um ladrão e nos pegue a todos de surpresa.

Será que Jesus, em nossos dias, frequentaria esses shows, mesmo que a letras falem dEle? Jesus juntou-se aos pecadores para resgatá-los, mas jamais adentrou ambientes impuros ou pecaminosos; Ele, por meio da Sua bondade, do Seu amor e da pregação da Verdade, atraiu as pessoas a Si e é assim que devemos proceder. Devemos dar o exemplo, exemplo de humildade, de abnegação, de sacrifício se preciso for e de amor para atrair as pessoas a Jesus e o Espírito Santo completar a obra na vida dessas pessoas. 

Escrevo essas linhas não com a intenção de condenar ninguém, afinal eu não sou Deus para julgar, muito menos para condenar alguém. Sei que muitos dos jovens que lá estarão dia 07/05 estão com o coração puro e, em sua inocência, não tem noção do que estão fazendo ou do que estão participando; mas escrevo para alertar aqueles que, pela graça de Deus entrarem em contato com este blog, desejam participar desse evento que em nada ajuda a santificação e a caminhada cristã. 

Que Deus abençoe a todos.

sábado, 25 de setembro de 2010

Está Consumado

"Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito." (João, 19: 30).

 Nossa irmã e fundadora da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Ellen G. White, de maneira inspirada escreveu o seguinte parágrafo, no livro O Desejado de Todas as Nações:

"Far-nos-ia bem passar diariamente uma hora a refletir sobre a vida de Jesus. Deveremos tomá-la ponto por ponto, e deixar que a imaginação se apodere de cada cena, especialmente as finais. Ao meditar assim em Seu grande sacrifício por nós, nossa confiança nEle será mais constante, nosso amor vivificado, e seremos mais profundamente imbuídos de Seu espírito. Se queremos ser salvos afinal, teremos de aprender aos pés da cruz a lição de arrependimento e humilhação." (P. 83).

Cristo, evidentemente para todo o cristão, é modelo e exemplo; e é contemplando ao Cordeiro morto desde a fundação do mundo que seremos transformados em novas criaturas: "E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito." (II Coríntios, 3: 18).

Jesus Cristo, o criador de todo o universo (ver João, 1: 3) deixou toda a Sua glória, ao lado do Pai, para assumir a nossa condição e levar, à cruz, a nossa condenação, qual seja, a morte: "porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor. - Romanos, 6: 23; "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus." (II Coríntios, 5: 21). E foi o mesmo Jesus que disse que deveríamos ser iguais a Ele, mansos e humildes de coração (ver Mateus, 11: 29) e, ainda, aprender a nos humilhar assim como Ele próprio se humilhou, ao ponto de morrer a morte mais vergonhosa de todas no lugar de pecadores como nós.

Como criador do universo, mesmo tendo deixado Sua divindade obliterada pela sua humanidade, Ele sabia que deveria padecer e sofrer por cada ser humano, aqueles que já tinham vivido antes dEle, por aqueles que viviam em Sua época e por aqueles que viriam a exisitir: "Tendo dito estas coisas, Jesus levantou os olhos ao céu, e disse: "Pai, é chegada a hora, Glorifica a Teu Filho, para que também o Teu Filho Te glorifique a Ti. Pois lhe deste autoridade sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos os que lhe deste. (...) Por eles me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade. Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela Sua Palavra hão de crer em mim." (João, 17: 1, 2, 19 e 20). E, somente por meio do Seu sofrimento e morte, teríamos a garantia da liberdade - em relação ao pecado - e da vida eterna. Leia, por favor, com atenção, os versos a seguir:

"Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos." (Isaías, 53: 4-6).

"E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna. Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João, 3: 14-16).

"E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo." (João, 12: 32).

O castigo que foi lançado sobre Ele e que nos trouxe a paz envolveu sofrimentos físicos (agressões, chibatadas, cora de espinhos e, finalmente, a cruz) e humilhação (aqueles que Ele veio salvar, os do Seu próprio povo, O rejeitaram e foram os primeiros a pedir sua crucifixão). Porém, não foram estes que mais causaram dor em nosso Salvador, mas foram o sofrimento moral, uma vez que Cristo carregava sobre Seus ombros os pecados de toda a humanidade: "carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados." (I Pedro, 2: 24) e, principalmente, a separação do Pai, ocasionada por esses mesmos pecados (ver Isaías, 59: 2).


Na Revista Adventista de março de 2008, o pastor, professor e teólogo José Carlos Ramos, em um artigo acerca do sofrimento de Jesus, escreveu: "Fomos nós que causamos Sua angústia no jardim. Por nossa causa, Ele suou gotas de sangue e teve o coração quebrantado, razão de Sua morte prematura na cruz. Assim, não foram exatamente os maus tratos, o açoite, a própria crucifixão, que mais fizeram Jesus sofrer, mas principalmente o peso dos nossos pecados. (...) Ele amargou a conseqüência última da iniqüidade: separação de Deus, implicando agonia mental tão intensa ‘que Ele mal sentia a dor física’.” (RAMOS, José Carlos. Revista Adventista, p. 14, março de 2008).

A última frase de Cristo, antes de depor Sua vida, “está consumado”, representou, sem dúvida alguma, um brado de dor e de alívio, mas fora também um brado de vitória, qual seja, vitória sobre Satanás e vitória sobre o pecado. Definitivamente o império de Satanás estava destruído e o homem livre do cativeiro do pecado. Jesus pagava, assim, a dívida que era nossa: "porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor." (Romanos, 6: 213). Deus tinha Seu caráter vindicado perante todo o universo e Jesus nos reconciliava com o Pai e abria novamente o caminho para o céu.

Era, também, um brado de amor: amor de um Deus que Se entregou pela raça humana e de um Pai que não poupou Seu próprio Filho: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida; e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação.” (Romanos, 5: 8-11).

Diante de tão grande sacrifício e de tão grande misericórdia, o apóstolo Paulo expressa sua preocupação com aqueles que negligenciam a salvação em Cristo Jesus: “Como escaparemos nós se negligenciarmos tão grande salvação?” (Hebreus, 2: 3).

Querido amigo, Jesus Cristo veio a este mundo para morrer por mim e por você; Ele se fez homem e sofreu a fim de que pudesse se compadecer também dos nossos sofrimentos e assim se tornou nosso intercessor e nosso sumo-sacerdote (ver Hebreus, 4: 15). O pecado tem pesado sobre os nossos ombros e sobre aqueles que nós mais amamos; víolência, vícios, maus hábitos, doenças e separação são algumas das consequências da vida que o ser humano tem levado; somente olhando para cristo, autor e consumador da nossa fé (ver Hebreus, 12: 2) ser-nos-á possível viver em novidade de vida; somente Ele poderá nos restituir a alegria de viver e a esperança de uma vida sem dor, sem lágrimas; somente nEle temos a certeza da salvação e da vida eterna.

Haveria de ter sido inútil para nós essa singular manifestação do amor divino? Não é este o momento para também dizermos ‘está consumado’? isto é ‘dou por definitivamente consumada minha entrega a Jesus, devolvendo a Ele o que por direito é Seu?’ Somente assim ser-lhe-á efetivada a posse total de nosso ser. ‘Filho Meu, dá-me o teu coração’ (Provérbios, 23: 26).” (RAMOS, José Carlos. Revista Adventista, p. 14, março de 2008).

domingo, 25 de julho de 2010

O sábado foi feito para o homem

"Então lhes disse: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado." (Marcos, 2: 27).

Muito tenho visto, seja em sites de estudos bíblicos ou em sites de cristãos leigos, afirmarem, categoricamente, que o sábado foi feito para os judeus e que, portanto, não é necessário ser observado por nós, "gentios". Outro argumento que se usa é que estamos sob o tempo da graça e sob a nova aliança e que, assim, não estamos mais debaixo da lei, não sendo necessário, consequentemente, observar o sábado como dia de guarda.

São, esses, argumentos verdadeiros ou falaciosos? Para responder a essa pergunta, devemos, antes de tudo, deixar os pré-conceitos de lado, nos vestir com as vestes da humildade e recorrer à única pessoa que pode dirimir essa dúvida: Deus e a Sua Santa Palavra, a Bíblia Sagrada.

Primeiramente, precisamos entender o que é o sábado. A palavra sábado vem do hebraico shabat (שבת ) que siginifica "descanso" e está relacionada "com o verbo shavāt, que significa "cessar", "parar". Apesar de ser vista quase universalmente como "descanso" ou um "período de descanso", uma tradução mais literal seria "cessação", com a implicação de "parar o trabalho" (fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Shabat).

O sábado tem a sua origem, segundo o relato bíblico, na criação da terra: "Assim os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados. Havendo Deus acabado no sétimo dia a obra que fizera, descansou nesse dia de toda a obra que tinha feito. E abençoou Deus o sétimo dia, e o santificou, porque nele descansou de toda a obra de criação que fizera." (Gênesis, 2: 1-3). Notamos, portanto, já nesse primeiro relato acerca do sábado, que ele foi instituído por Deus (descansou, abençoou e santificou) em um momento da história (o sétimo dia) quando já existia o ser humano (o mesmo fora criado no sexto dia) e ainda não havia povo judeu ou povo de Israel.

Mas porque Deus descansou? Se acreditamos que Deus é onipotente, e de fato o é, não haveria necessidade de Deus descansar. Mas, além de onipotente, Deus é misericordioso e amoroso; preocupa-se com o bem estar de Suas criaturas, por isso Ele nos deixa o exemplo ao descansar, ao final de Sua obra criadora, esperando que nós façamos o mesmo - imaginemos que não tivéssemos um dia ao menos para descanso em meio à confusão e turbulência da vida moderna, o que seria da nossa saúde física, mental e espiritual? Além disso, ao abençoar o sétimo dia, Ele o tornou um canal de bençãos para os seus filhos e ao santificá-lo, Ele o separou para uso sagrado.¹

É importante ressaltar, ainda, que o sábado não é meramente um dia de "cessação", existe um sentido muito mais amplo por trás da observância desse dia. A própria Bíblia afirma que o sábado é o dia do Senhor - por mais que tentem provar que o dia do Senhor é o domingo, as Sagradas Escrituras afirmam, categoricamente, que esse dia é o sábado; vejamos, nas palavras do próprio criador, Jesus Cristo: "Pois o Filho do homem é senhor do sábado." (Mateus, 12: 8); "Portanto, o Filho do homem até do sábado é senhor." (Marcos, 2: 28); "Então Jesus lhes disse: O Filho do homem é senhor até do sábado." (Lucas, 6: 5). Assim sendo, ao observarmos esse dia conforme Deus nos pede, estamos mostrando ao mundo que servimos ao Deus verdadeiro, ao Deus criador - aí está o grande sentido do sábado, testemunhar ao mundo que há no céu um Deus criador, um Deus mantenedor e um Deus salvador: "Santificai os meus sábados, e servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que Eu sou o Senhor vosso Deus." (Ezequiel, 20: 20); nessas palavras, por intermédio do profeta Ezequiel, Deus nos mostra que o sábado é um sinal e um testemunho daqueles que servem e que pertencem a Deus - somente os judeus são servos do Altíssimo ou nós também o somos?

O sábado é sinal também de santificação. A caminhada cristã é uma caminhada em busca da verdadeira e plena santificação, que nada mais é que nos separarmos das coisas do mundo e vivermos uma vida reta e justa diante de Deus (ver I João 2: 15-17); de fato, não temos poder em nós mesmos para isso; necessitamos da obra de Deus em nossos corações e foi por isso que Jesus orou ao Pai: "Eles não são do mundo, como Eu do mundo não sou. Santifica-os na verdade, a Tua palavra é a verdade." (João, 17: 16 e 17). Nesses termos, o sábado surge, também, como um sinal da nossa santificação e do processo de transformação e redenção de Deus em nós: "Também lhes dei os meus sábados, para que servissem de sinal entre mim e eles; para que soubessem que Eu Sou o Senhor que os santifica." (Ezequiel, 20: 12). Mais uma vez pergunto: somente os judeus devem buscar o caminho da santificação ou todos nós, seguindo a ordem de Cristo, também devemos buscar a santificação?

Uma prova, irrefutável, de que Deus separou o sábado para toda a humanidade e o colocou como sinal de sua aliança com o ser humano e não somente com o judeu, está descrito no capítulo 56 de Isaías, que agora transcrevemos aqui para que você, meu sincero amigo e minha sincera amiga, possa ler e refletir se a observância do sábado foi determinada somente para os judeus:

"Assim diz o SENHOR: Mantende o juízo e fazei justiça, porque a minha salvação está prestes a vir, e a minha justiça, prestes a manifestar-se. Bem-aventurado o homem que faz isto, e o filho do homem que nisto se firma, que se guarda de profanar o sábado e guarda a sua mão de cometer algum mal. Não fale o estrangeiro que se houver chegado ao SENHOR, dizendo: O SENHOR, com efeito, me separará do seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que eu sou uma árvore seca. Porque assim diz o SENHOR: Aos eunucos que guardam os meus sábados, escolhem aquilo que me agrada e abraçam a minha aliança, darei na minha casa e dentro dos meus muros, um memorial e um nome melhor do que filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará. Aos estrangeiros que se chegam ao SENHOR, para o servirem e para amarem o nome do SENHOR, sendo deste modo servos seus, sim, todos os que guardam o sábado, não o profanando, e abraçam a minha aliança, também os levarei ao meu santo monte e os alegrarei na minha Casa de Oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar, porque a minha casa será chamada Casa de Oração para todos os povos. Assim diz o SENHOR Deus, que congrega os dispersos de Israel: Ainda congregarei outros aos que já se acham reunidos." (Isaías, 56: 1-8).

É fácil notar e aceitar, basta sinceridade no coração, de que o sábado é para todos, para os judeus, para o estrangeiro (gentio) e para os eunucos; os que guardam o sábado e não o profanam fazem aquilo que é agradável a Deus. Vejamos mais um trecho do profeta Isaías, agora no capítulo 58: "Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do SENHOR, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no SENHOR. Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, porque a boca do SENHOR o disse." (Isaías, 58: 13 e 14). Você pode até questionar: mas não temos por pai a Jacó; esse era pai do povo judeu?! De fato, se pensarmos do ponto de vista físico, do ponto de vista humano. Mas notemos as palavras do apóstolo Paulo na carta aos gálatas: "Assim como Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado por justiça, sabe, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão." (Gálatas, 3: 6 e 7); segundo Paulo, espiritualmente, somos filhos de Abraão e, consequentemente, temos por "pai" a Isaque e a Jacó (Israel) e a promessa de Deus a todos que honrarem Seu santo dia é que Ele nos sustentará com a herança de Jacó, nosso pai espiritual e derramará bençãos sem medida sobre nossas cabeças.

Quanto ao argumento de que agora vivemos sob o tempo da graça e não debaixo da lei e que, portanto, estamos desobrigados a guardar o sábado, podemos concluir, também, que isso é uma falácia. Os mandamentos de Deus - única parte da Escritura escrita pelo próprio Deus - são a norma e o fundamento do Seu governo e do Seu caráter. Não podemos imaginar um reino ou uma nação ou mesmo uma pequena coletividade que não tenha uma lei a ser seguida.

Deus sempre exerceu a sua graça para com o ser humano, mesmo em relação às personagens do antigo testamento, pois, mesmo naquela época, as obras não poderiam salvar ninguém, mas somente a fé e o patriarca Abraão é um bom exemplo disso, veja o que o apóstolo Paulo diz: "Que diremos, pois, ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne? Se, de fato, Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus. O qeu diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça." (Romanos, 4: 1-3). Note bem, foi pela fé que Abraão foi justificado e não pelas obras, o que quer dizer que ao tempo do velho patriarca Deus já concedia a Sua graça e a Sua misericórdia aos homens. O tempo da graça existe desde que Adão e Eva caíram em pecado e Deus fez a promessa de redenção, por meio de Cristo Jesus (ver Gênesis, 3: 14 e 15), reiterando essa promessa a Abraão (ver Gênesis, 12: 3  e Gênesis, 22: 18).

Por isso, devemos refutar o argumento de que estamos sob a graça de Deus e não mais precisamos obedecer Seus mandamentos. Se assim fora, também, poderíamos matar, roubar ou adulterar? Quando Deus estava prestes a entregar as tábuas com os mandamentos, escritos pelo Seu próprio dedo, Deus deu uma ênfase toda especial no quarto mandamento, que diz respeito ao sábado, vejamos: "Disse mais o SENHOR a Moisés: Tu, pois, falarás aos filhos de Israel e lhes dirás: Certamente, guardareis os meus sábados; pois é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o SENHOR, que vos santifica. Portanto, guardareis o sábado, porque é santo para vós outros; aquele que o profanar morrerá; pois qualquer que nele fizer alguma obra será eliminado do meio do seu povo. Seis dias se trabalhará, porém o sétimo dia é o sábado do repouso solene, santo ao SENHOR; qualquer que no dia do sábado fizer alguma obra morrerá. Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações. Entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, e, ao sétimo dia, descansou, e tomou alento. E, tendo acabado de falar com ele no monte Sinai, deu a Moisés as duas tábuas do Testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus." (Êxodo, 31: 12-18).

Jesus, com toda a Sua autoridade, afirmou que não veio para abrogar ou anular a Santa Lei de Deus, mas veio confirmar, veio cumprir e, enquanto, tudo não se cumprir a Lei estará em vigor e com ela o quarto mandamento que é o santo sábado e que aquele que ensinar algo diferente disso será considerado o menor no reino de Deus (ver Mateus, 5: 17-19). E, além disso, a nova alinça, selada pelo sangue de Cristo, previa também a impressão de Sua Lei em nossas mentes e em nossos corações: "Esta é a aliança que depois daqueles dias farei com a casa de Israel, diz o Senhor. Porei as minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei." (Hebreus, 8: 10).

Paulo, inspiradamente, nos mostra que a fé jamais anula a lei e que, ao contrário, nos leva à observância da lei de Deus: "Se Deus é um só, que justifica pela fé a circuncisão, e por meio da fé a incircuncisão, anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes confirmamos a lei." (Romanos, 3: 30-31). Paulo foi o maior defensor da justificação pela fé; e ele estava coberto de razão. Ninguém se salva por obras, por guardar mandamento e por observar o sábado; mas conforme ele mesmo disse, a nossa fé é manifestada pela obediência aos ditames divinos, ou então ele não afirmaria ainda: "Que diremos, pois? Havemos de pecar por não estarmos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum. Portanto, a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom." (Romanos 6: 1 e 7: 12). Não aprofundaremos aqui a discussão acerca do pecado, mas é importante registrar que o apóstolo João afirma que pecado é a transgressão da lei e se lembrarmos que o quarto mandamento (Lembra-te do dia de sábado para o santificar....) faz parte dessa mesma lei, se não o observármos, estaremos transgredindo a lei divina e, consequentemente, caindo em pecado (ver I João, 3: 4).

Portanto caros amigos e caras amigas, a Bíblia nos alerta a não darmos ouvidos a qualquer vento de doutrina; a Palavra de Deus é clara e suficiente para salvar a todos aqueles que a ela se achegarem; "Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração." (Hebreus, 4: 12). Se o seu propósito é servir e adorar a Deus, guarde os Seus mandamentos e honre o Seu santo sábado e todos saberão que é Ele que o santifica e que Ele é o Seu Deus.

"Então o dragão (Satanás) irou-se contra a mulher (igreja), e foi fazer guerra aos demais filhos dela (fiéis), os que guardam os mandamentos de Deus, e mantém o testemunho de Jesus." (Apocalipse, 12: 17).

1 - Alberto R. Timm, O Sábado na Bíblia - Por que Deus faz questão de um dia. Casa Publicadora Brasileira, Série Perspectiva, 2010, p. 25.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Ressurreição ou Reencarnação?

"Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus." (Mateus, 22: 29).

Deus, por meio do profeta Oséias (o primeiro dos considerados profetas "menores") escreveu que "O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento." (Oséias, 4: 6). Infelizmente, essa afirmação continua sendo verdade em nossos dias.

Em função de vários fatores, temos visto, nesses últimos meses (e porque não dizer últimos anos), um crescente interesse por assuntos concernentes ao espiritismo e suas doutrinas, sendo a principal delas a reencarnação e a aparição de espíritos de pessoas que já faleceram. Mas, o que a Palavra de Deus diz a respeito disso? Aprova, a Bíblia, a consulta aos mortos? Nós, reencarnaremos ou ressuscitaremos?

Para começarmos, é importante lembrar que Jesus Cristo predisse Sua morte e Sua ressurreição: "Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia." (Mateus, 16: 21). Quando Jesus ressuscitou, Ele ressuscitou com o mesmo corpo, porém glorificado. Ele jamais afirmou ser um espírito evoluído e reencarnado, que passou por estágios de evolução até chegar àquele ponto; até porque a Bíblia nos apresenta a Cristo como redentor e, notem bem, como criador de todas as coisas: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens." (João, 1: 1-4). Como pode o criador evoluir? Jesus existe de eternidade a eternidade!

A Bíblia no diz que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus; fomos criados perfeitos e sem pecado; não obstante isso, fomos criados livres, tanto que optamos por desobedecer a Deus e viver em pecado. Deus havia alertado os nossos primeiros pais que,caso desobedecessem, a consequência para tal ato seria a morte. Porém, Satanás os convenceu de que não morreriam. Foi o primeiro engano perpetrado pelo inimigo das nossas almas. E, infelizmente, esse engano avança até hoje, pois se cremos que, efetivamente, não morremos, que temos uma alma imortal, Satanás obtém êxito no seu intento.

Se cremos que, ao morrer fisicamente, vamos para um outro plano, uma outra dimensão, o sacrifício de Cristo é colocado em xeque; aí está o principal objetivo de Satanás: fazer-nos desacreditar que a morte de Cristo tem algum significado ou alguma valia. Se eu sou capaz de evoluir, progredir e, por meus próprios méritos me tornar, ao longo das eras, uma pessoa melhor, o sacrifício de Cristo foi em vão e desnecessário. Esta idéia vai contra tudo o que a Bíblia prega. Vejamos: "pois todos pecaram e carecem da glória de Deus," (Romanos, 3: 23); "porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor." (Romanos, 6: 23). Segundo esses dois versos do apóstolo Paulo, fica claro que aquele que pecar deve morrer e, se todos pecamos, todos devemos morrer, certo? E qual a solução para a morte: JESUS CRISTO.

A morte significa cessação total da consciência; morte é o oposto de vida. "Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol." (Eclesiastes, 9: 5 e 6); "Os mortos não louvam o SENHOR, nem os que descem à região do silêncio. Nós, porém, bendiremos o SENHOR, desde agora e para sempre. Aleluia!" (Salmos, 115: 17 e 18) e "A sepultura não te pode louvar, nem a morte glorificar-te; não esperam em tua fidelidade os que descem à cova. Os vivos, somente os vivos, esses te louvam como hoje eu o faço; o pai fará notória aos filhos a tua fidelidade." (Isaías, 38: 18  19). Se os mortos não podem louvar a Deus, se os mortos não podem bendizer a Deus, se os mortos não sabem coisa alguma, nem tão pouco tem recompensa, como pode haver uma alma com consciência após a morte física?

É importante saber que, quando Deus criou o homem, este se tornou alma viventenão passou a ter uma alma; entende a diferença? Cada ser humano, segundo a Bíblia, é uma alma vivente (corpo + espírito, que é fôlego de vida); eu sou uma alma vivente e você é uma alma vivente; nós não temos uma alma: "Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente." (Gênesis, 2: 7). E, quando o homem pecou sua condenação foi de que "No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás." (Gênesis, 2: 19). Lembra-se de qual fora a primeira mentira de Satanás? Que o ser humano não morreria!

Pedro, no seu famoso discurso no dia de Pentecostes, no qual 3.000 pessoas se converteram à fé cristã, afirmou: "Irmãos, seja-me permitido dizer-vos claramente a respeito do patriarca Davi que ele morreu e foi sepultado, e o seu túmulo permanece entre nós até hoje. Sendo, pois, profeta e sabendo que Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes se assentaria no seu trono, prevendo isto, referiu-se à ressurreição de Cristo, que nem foi deixado na morte, nem o seu corpo experimentou corrupção. A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis. Porque Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo declara: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés. (Atos, 2: 29 - 35). Pedro afirma que Davi, o "homem segundo o coração de Deus", não subiu aos céus; isto quer dizer que ele foi para o inferno? De jeito nenhum. Deus dá testemunho de Davi, Jesus deu testemunho de Davi; como este homem, caso houvesse vida após a morte, não subiria aos céus? Como o "homem segundo o coração de Deus" não estaria no Paraíso após seu falecimento? Porque não existe vida após a morte!

Muitos podem perguntar então: "como pode ser isso, se muitos afirmam manter contato com os mortos?". Primeiro, é importante ressaltar que Deus proibiou e condenou o consultar mortos:
* "Não vos voltareis para os necromantes, nem para os adivinhos; não os procureis para serdes contaminados por eles. Eu sou o SENHOR, vosso Deus. (Levítico, 19: 31);

* "Quando alguém se virar para os necromantes e feiticeiros, para se prostituir com eles, eu me voltarei contra ele e o eliminarei do meio do seu povo." (Levítico, 20: 6);

* "Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos;" (Deuteronômio, 18: 10 e 11);

* "Assim, morreu Saul por causa da sua transgressão cometida contra o SENHOR, por causa da palavra do SENHOR, que ele não guardara; e também porque interrogara e consultara uma necromante." (I Crônicas, 10; 13);

* "Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?" (Isaías, 8: 19).

Fica claro que não é do agrado de Deus o ato de consultar os que já morreram. Até porque aqueles que aparecem, não são as almas dos nossos queridos que já faleceram (afinal, vimos que o homem não possui uma alma, mas que ele é uma alma); leiam com atenção o verso a seguir, escrito pelo apóstolo Paulo: "Porque os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras." (II Coríntios, 11: 13 - 15).

A verdade pode parecer dura, mas é de fato isso: Satanás é um anjo, caído, mas um anjo. Ele apareceu para Cristo no deserto como anjo de luz (ver Mateus, 4: 1 - 11) e, pelo poder que ainda tem, ele e seus anjos podem se passar por entes e amigos queridos que já faleceram. Satanás usa seres humanos para deturpar a verdade, mas ele mesmo, muitas vezes, assume, juntamente com seus ministros (anjos caídos), as tarefas a serem desempenhadas.

O fato é que todos aqueles que um dia passaram por essa terra e já faleceram, estão dormindo, aguardando o dia da volta de Jesus Cristo para serem ressuscitados (e não para reencarnarem, o que é bem diferente). "Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.(I Tessalonicenses, 4: 13 - 18). Se haverá ressureição quando da volta de Cristo, porque Deus permitiria que fôssemos para o céu após a morte? Não faz sentido.

Se há ressurreição, não pode haver reencarnação. São duas idéias incompatíveis. E, como dissemos anteriormente, se há reencarnação e evolução da "alma", para que Jesus morreu na cruz do Calvário? Como o salário do pecado é a morte, Jesus tomou sobre si os nossos pecados e morreu em nosso lugar: "carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados." (I Pedro, 2: 24). A reencarnação traz, implicita, a negação da necessidade de um salvador morto e ressurreto.

Acreditamos na sinceridade e na fé de todas as pessoas; mas a Verdade, segundo a Palavra de Deus, deverá sempre prevalecer. Este artigo tem a finalidade de alertar as pessoas para o engano que Satanás está conseguindo difundir por todo o mundo, inclusive entre aqueles que se consideram cristãos. Que Deus abençoe e a todos e que Sua luz possa iluminar a sua mente e o seu coração.

domingo, 11 de abril de 2010

Deus é Bom


"Respondeu-lhe Jesus: Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um só, que é Deus." (Marcos, 10: 18).

Desde a criação, Deus tem demonstrado a Sua bondade e Seu amor pela raça humana.

Muitos afirmam que o Deus do Antigo Testamento era um e o do Novo Testamento outro. Porém, é importante ressaltar que essa divisão da Bíblia é meramente didática (a Bíblia é um livro único e integral, uma parte não faz sentido sem a outra), ou seja, os livros escritos antes da vinda de Jesus Cristo e os livros e cartas escritos após a Sua vinda (para maiores detalhes acesse: http://gilbertotheiss.blogspot.com/2007/03/segundo-as-escrituras-o-que-velho-e.html).

Segundo a Bíblia, Deus não muda e jamais mudará: "Eu, o Senhor, não mudo." (Malaquias, 3: 6); "Toda boa dádiva e todo dom perfeito é lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação." (Tiago, 1: 17); "Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente." (Hebreus, 13: 8). Portanto, podemos concluir que o Deus apresentado nos livros do Antigo Testamento é o mesmo Deus apresentado nos livros do Novo Testamento, sempre bondoso e disposto a ajudar os Seus filhos.
Em meio às leis, decretos e estatutos promulgados por Deus (notadamente no Antigo Testamento), que à nossa vista parecem por demais severos, Deus demonstrou, e ainda demonstra, o Seu amor e a Sua preocupação com a raça caída, "pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus." (Romanos, 3: 23) e "as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, pois suas misericórdias não têm fim." (Lamentações, 3: 22).

Vejamos algumas das demonstrações da bondade e do amor desse Criador e Pai maravilhoso:

* a própria criação - Deus utilizou seis dias para criar a terra e, somente no sexto dia, após providenciar todas as condições naturais (luz, campo, água e alimento) para sobrevivência, Ele criou o homem; não um ser autômato, mas com liberdade de escolha. O momento da criação é um dos momentos mais sublimes, no qual Deus revelou toda a Sua essência, todo o Seu amor ("Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor." I João, 4: 8);

* o casamento e o santo sábado - o casamento e o sábado foram as primeiras instituições criadas por Deus, ainda no jardim do Éden. "Disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só. Far-lhe-ei uma adjutora que lhe corresponda." (Gênesis, 2: 18). Deus não criou o homem para ser solitário, mas como um ser social. O casamento e a família são uma benção para todas as sociedades; é no seio da família que as crianças e jovens são educados e recebem os primeiros valores morais, éticos e sociais. Uma sociedade cujas famílias são ou estão desestruturadas, será também uma sociedade desestruturada, que não responderá aos anseios dos seus cidadãos;

"Havendo Deus acabado no sétimo dia a obra que fizera, descansou nesse dia de toda a obra que tinha feito. E abençoou Deus o sétimo dia, e o santificou, porque nele descansou de toda a obra de criação que fizera." (Gênesis, 2: 2 e 3). Deus, na sua sabedoria infinita, reservou, como uma dádiva, um dia para que o homem pudesse descansar das suas obras e das suas lutas cotidianas. Deus jamais se cansa, Ele o fez para nos dar o exemplo e para contemplar toda a Sua obra; "Viu Deus tudo o que tinha feito, e que era muito bom." (Gênesis, 1: 31). Quem guarda o sábado, observando-o como memorial da criação, é abençoado, é santificado e descansa nos braços de um Salvador bondoso e amorável;

* os Dez Mandamentos - nenhuma nação, nenhum estado ou cidade, nenhuma sociedade, sobrevive sem leis; e assim não é diferente para aqueles que pretendem ser cidadãos do reino celestial. Deus, a fim de preservar o homem e de regular a relação dele com Deus e com o próximo, promulgou a mais perfeita Lei que existe. Ao contrário do que a maioria dos cristãos pensa, os Dez Mandamentos não perderam a validade, pois se assim fosse, o homem estaria livre para matar, roubar, adulterar, entre outras atrocidades. Além disse, a Bíblia é clara ao falar que todos nós compareceremos ao tribunal divino (ver Romanos, 14: 10 e II Coríntios, 5: 10) e, se há um tribunal, se há um Juiz e se há um julgamento, parece-nos lógico que deve haver uma lei e Deus nos julgará baseado nessa Lei, qual seja, os Dez Mandamentos: "Pois qualquer que guardar toda a lei, mas tropeçar em só ponto, torna-se culpado de todos. Pois aquele que disse: Não adulterarás, também disse: não matarás. Ora, se não adulteras, mas matas, tornas-te transgressor da lei. Falai de tal maneira e de tal maneira procedei, como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade," (Tiago, 2: 10-12). O pai que ama os filhos, impõe regras e limites. A bondade de Deus revela-se também por intermédio da Sua Lei, uma lei de liberdade e de amor - "Em verdade vos digo que até que o céu e a terra passem, nem um jota ou til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido. (...) Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o primeiro e grande mandamento. O segundo, semelhante a este é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas." (Mateus, 5: 18 e 22: 37-40);

* preocupação com os pobres - "Quando fizeres a colheita da tua terra, não a segarás totalmente, nem colherás as espigas caídas da tua messe. Semelhantemente não rabiscarás a tua vinha, nem colherás os bagos caídos da tua vinha. Deixá-los-ás para o pobre o para o estrangeiro. Eu sou o Senhor vosso Deus. (Levítico, 19: 9 e 10). Deus não desampara Seus filhos mais necessitados e, conhecendo a natureza humana como Ele conhece, achou por bem determinar que uma parte da colheita fosse destinada aos desafortunados; foi por causa dessa ordem que Rute (bisavó do Rei Davi) e sua sogra Noemi não pereceram por causa da fome (ver Rute, 2: 1-7);

* "Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo, mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu Sou o Senhor. (Levítico, 19: 18). A frase em destaque ficou famosa nos lábios de Jesus Cristo. Os homens de sua época (conforme os homens de hoje) esqueceram-se desse mandamento que Deus nos deu há milhares de anos e Jesus veio jogar nova luz sobre eles, lembrando sempre que, como Deus, devemos amar nossos semelhantes;

* preocupação com os estrangeiros - "Se o estrangeiro peregrinar na vossa terra, não o oprimireis. Como o natural entre vós será o estrangeiro que peregrina convosco. Amá-lo-eis como a vós mesmos, pois fostes estrangeiros na terra do Egito. Eu sou o Senhor vosso Deus. (Levítico 19: 33 e 34). Deus é mesmo um pai maravilhoso e bondoso. Sabemos, pela história da humanidade, quantas guerras tiveram motivações xenofóbicas, ou seja, o preconceito contra o estrangeiro e contra o imigrante. Mas Deus não vê como o homem vê; Ele nos pede que amemos aos estrangeiros que habitam em nossa terra e que deixemos para trás todo o tipo de preconceito e perseguições injustas. Devemos lembrar, ainda, que todos os que almejam a pátria celestial são peregrinos e estrangeiros nesse mundo;

* o ano sabático - Deus, na sua infinita bondade e sabedoria, determinou aos homens do passado que deixassem as suas terras descansarem a cada sete anos, para que ela não se tornasse estéril (ver Levítico, 25: 1-7). Na história, não foi tão recente a descoberta de que, se a terra não descansar ela se tornará estéril; Deus deu essa ordem ao povo de Israel há mais de 5.000 anos; serviriam de alimento somente aquilo que nascesse naturalmente nos campos e dos animais; "Se disserdes: Que comeremos no sétimo ano, visto que não havemos de semear, nem colher o nosso produto? Eu enviarei a minha benção sobre vós no sexto ano, para que dê fruto por três anos." (Levítico, 25: 20 e 21).

Poderíamos dar milhares de exemplos mais da bondade de Deus e ver que o Deus do Antigo Testamento é tão bom como o Deus do Novo Testamento, afinal de contas são o mesmo. Porém, esses exemplos são apenas uma pálida visão da verdadeira bondade de Deus e do Seu amor, manifestadas, verdadeiramente, na figura e sacrifício do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

No passado, Deus institui o ritual do Santuário, que pré-figurava o sacrifício do Seu amado Filho e representava todo o plano da redenção do homem. Porém, conforme diz o apóstolo Paulo, "Estas são sombras das coisas futuras; a realidade, porém, encontra-se em Cristo." (Colossenses, 2: 17).
Portanto, a essência da bondade e do amor de Deus revelam-se na cruz do Calvário, onde Jesus verteu o Seu sangue para nos garantir o perdão dos nossos pecados, a salvação e a vida eterna.

"Dificilmente morrerá alguém por um justo, embora alguém possa se animar a morrer pelo bom. Mas Deus prova o Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores." (Romanos, 5: 7 e 8).

Demos glórias e aleluias por tão grande amor do nosso Deus e Salvador Cristo Jesus. Amém!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O menor é o maior


"Eu vos digo que, entre os nascidos de mulher, não há maior profeta do que João Batista; mas o menor no reino de Deus é maior do que ele." (Lucas 7: 28).

Hoje, sexto dia da Semana de Oração especial, em função da Semana Santa, tivemos a oportunidade de acompanhar uma mensagem maravilhosa e inspiradora, transmitida pelo Pastor Fernando Iglesias.

De maneira objetiva, em linhas gerais, a mensagem girou em torno do tema "fé e milagres"; porque não vemos, hoje, os mesmos milagres que Jesus realizou (e também os Seus apóstolos)? Porque as pessoas se deixam convecer por determinados milagres que as pessoas presenciam nas igrejas por aí? Devemos lembrar que Deus, na Sua Palavra, deixa-nos claro que Satanás será capaz de fazer prodígios que, se pudesse, enganariam até os eleitos (cf. Mateus 24: 24 e Marcos 13: 22). Porém, é necessário saber se tais milagres tem embasamento bíblico, ou melhor, se quem realizou tal milagre tem sua vida em conformidade com a vontade de Deus.

Além disso, a ocorrência de milagres ou não em nossas vidas, nada tem a ver com a presença de Jesus em nossos corações. Como o Pr. Fernando Iglesias ressaltou, até mesmo Jesus Cristo fez orações que não foram respondidas (cf. Mateus 26: 36-47).

Porém, o principal e o que mais nos chamou a atenção na mensagem, foi quando o Pastor mostrou como Jesus agia sempre diferente da maioria, ou do que essa esperava. Por exemplo, dentre todos os profetas bíblicos, (podemos lembrar de Moisés, Elias, Enoque, Eliseu, entre outros), João Bastista, que nenhum milagre realizou, foi o maior profeta de todos (Ver Lucas 7: 28). Outras evidências disso:

- "... o maior entre vós seja como o menor; e quem governa seja como quem serve." Lucas 22: 26;

- Jesus ofereceu o caminho e a porta estreita e não a larga (cf. Mateus 7: 13e 14);

- a maior evidência de todas: Jesus, o Rei do Universo, se fez pobre para vir a esta Terra, morrer por mim e por você.

Devemos aprender, a cada dia, a deixar a nossa vida nas mãos de Deus; deixar que Ele, efetivamente, faça a Sua vontade. Isso é prova de verdadeira fé, aquele que, independente das circunstâncias, confia em Deus e nEle espera.

Se você se interessar, assista aos dois últimos dias da Semana de Oração, às 19:30 h. pelo site:
http://ntmc.novotempo.org.br/executivo-vivo.asp .